Na sexta, 6 de maio de 2011, um grupo da escola E. E. Dr. Alarico Silveira junto com a Prof.ª Valéria (Filosofia), foi ao Centro Cultural Maria Antônia (o CEUMA - Centro Universitário Maria Antônia é um órgão de
extensão universitária e cultural ligado à
Universidade de São Paulo, responsável pela promoção de exposições artísticas, cursos ligados à área de
humanidades e pela difusão cultural, científica, artística e tecnológica de uma forma geral. Atualmente ocupa a antiga sede da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo- 1934 a
1968- juntamente com o Teatro da USP, o
TUSP, em um conjunto arquitetônico considerado patrimônio histórico da cidade.). Ou seja, é um local histórico, então vou contar um pouco dessa história que é superinteressante... :)
...Tudo começa com o golpe de 1964 (Ditadura Militar)!!!
*Ditadura é um processo onde o governo que está no poder é derrubado e uma minoria assume o poder impondo ordens e abolindo direitos, como por exemplo, a liberdade de expressão! Que foi o caso do nosso país em 1964, após um golpe de estado onde os militares assumiram o poder iniciando assim um período de repressão e totalitarismo!
“Em 1968 ocorreu um movimento estudantil, onde os alunos protestavam contra a ditadura. O aluno JOSÉ CARLOS GUIMARÃES acabou sendo alvo, estudante secundarista do Colégio Marina Cintra, em São Paulo.
Morto aos 20 anos, no dia 3 de outubro, por membros do chamado CCC (Comando de Caça aos Comunistas) e do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), deflagraram o conflito entre os estudantes das duas universidades, da Universidade Mackenzie e da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, na Rua Maria Antônia. José Carlos foi morto, segundo os estudantes que testemunharam o fato, pelo membro do CCC e alcaguete policial de nome Osni Ricardo.”
Importante: O CCC - Grupo que surgiu em 1963 como uma reação ao avanço da esquerda no Brasil - nesse período de Guerra Fria, muitos temiam a chamada ameaça vermelha. O CCC era formado basicamente por "capangas" da classe média e por gente disposta a subir na hierarquia policial ou militar. Alguns candidatos a delegados, integrantes do DOPS e membros da direita religiosa, como Opus Dei e TFP (Tradição Família e Propriedade).
Para pertencer ao CCC, o interessado passava por uma série de testes. Sua vida era revirada do avesso. A cúpula do CCC queria saber de tudo: quais livros o interessado já tinha lido, sua opção sexual e religiosa, se sabia cantar o Hino Nacional inteiro e o quanto ele odiava os esquerdistas. Só depois de três meses, convencidos da identificação ideológica do candidato, é que ele recebia treinamento militar.
Com o golpe de 1964 e o endurecimento da ditadura, o CCC ficou responsável por parte do trabalho sujo do regime. O grupo agia de forma truculenta dentro das universidades. Seus membros andavam quase sempre armados pelos corredores do Mackenzie e de outras instituições de ensino. Sua intenção era mesmo a de intimidar. Outro importante papel dos homens do CCC era o de agir como delatores. A ação mais famosa do CCC (antes do conflito da Maria Antônia) foi a invasão do teatro Oficina durante a peça Roda Viva, de Chico Buarque, em 17 de junho de 1968. O prédio é propriedade da USP e um monumento de uma época muito importante, pois era o local onde os alunos se reuniam para lutar por justiça.
*texto reeditado po Karen em 30/10/2012